Tratamento
Junte cascas de 10 ovos (ou 1 litro de cascas de ovos, aproximadamente), deixe-as secarem na sombra ou no sol por 24h, triture-as com um liquidificador ou com um pilão, adicione 250 mL de água fervida, deixe-as em repouso ou sob agitação por 24h e, coe-as com coador-de-café ou com um pano. A solução que você obterá possui cálcio, que neutraliza a podridão apical ou o fundo-preto do tomate.
Causa
A podridão apical do tomate é causada pela falta do cálcio na porção apical do frutinho (ainda jovem). Veja a seguir os motivos que levam a essa carência de cálcio:
Estreitamento dos vasos xilemáticos
Diminuição do números de vasos xilemáticos e seu estreitamento e na porção apical do fruto jovem. O cálcio (Ca2+) é transportado via Xilema
Sinalização da iniciação da expansão celular
Para que a expansão celular ocorra, hormônios tais como auxina e giberelina tem de provocar oscilações de Cálcio citosólica; neste caso o cálcio atua na transdução do sinal como mensageiro secundário: oscilações de Ca são provocadas pelo influxo (entrada) e efluxo (saída) do cálcio em direção ao citosol. O Cálcio bombeado ao citosol é oriundo do apoplasto (espaço extracelular) ou do retículo endoplasmático (organela intracelular)
Expansão da membrana e parede celular
Para que ocorra a expansão celular, a auxina tem de promover acidificação do apoplasto (região extracelular); essa acidificação ativa as enzimas endoglicosidases, xiloglucano endotransglicosilases e expansinas, as quais quebram ligações que une as microfibrilas de celulose, e isto há de promover o afrouxamento da parede celular. Este afrouxamentos da parede celular é controlado pelos pectatos de cálcio por intermédio da limitação do acesso das enzimas aos seus substratos. Pectatos de cálcio nada mais é do que um conjunto de pectinas amarradas por cálcio, ou seja, quando o cálcio atrai os grupos carboxílicos das pectinas forma os pectatos de cálcio. Se devido ao estreitamento dos vasos xilemáticos o cálcio não chegar na porção apical do tomate, haverá um afrouxamento excessivo da parede celular que há de culminar com a formação de fundo preto ou apodridão apical do tomate.
Inserção de vesículas na membrana plasmática
Literatura (recomendada)
HO, Lim C.; WHITE, Philip J. A cellular hypothesis for the induction of blossom-end rot in tomato fruit. Annals of Botany, v. 95, n. 4, p. 571-581, 2005.